sexta-feira, 13 de maio de 2011

Era uma vez uma história que começou muito bem e acabou da pior maneira

Há dias encontrei um sapo enorme. Do tamanho da palma da minha mão, mesmo com as pernas encolhidas. Estava dentro da piscina, sem conseguir sair e já devia estar cansado porque se movia com muita lentidão. Fui buscar a rede, tirei-o e decidi pô-lo num local que me pareceu o ideal, porque era fresco, húmido e longe da piscina. E então aconteceu uma coisa estranha, tão estranha que a referi posteriormente às netas. O sapo não fugiu e durante um bocado ficou imóvel a olhar para mim. Durou uns instantes, mas não me esqueci dos olhinhos fixos em mim. Pensei que estava a agradecer ter-lhe salvo a vida.

Ontem a Ginga andava excitadíssima a farejar à volta de um cocho gigante que estava, com a parte côncava virada para baixo, junto ao local onde eu tinha deixado o sapo. Aquele comportamento inquieto da cadela quer sempre dizer o mesmo, por isso fui buscar um pau e virei o cocho.
Uma cobra grande e lenta estava a engolir um enorme sapo.
Lembrei-me dos olhos dele quando o deixei ali. Afinal não estava a agradecer-me.

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