quarta-feira, 1 de maio de 2013

A Imperatriz que veio de Portugal

Mercedes Balsemão escreveu "A Imperatriz que veio de Portugal", um encantador romance que se lê de um fôlego. Estava curiosa e com uma grande expectativa. Gosto desta época e tenho um enorme fascínio por esta família, desde o tempo em que, (durante um ano) andei a almoçar, jantar e dormir com D. Manuel I.
A escrita é fluida, os factos têm rigor histórico e quando a imaginação cria diálogos em linguagem actual, eles são credíveis e, sem ceder a facilidades, as figuras históricas tornam-se pessoas de carne e osso. E vê-se a Lisboa do sec. XVI, a Ribeira das Naus, o Paço da Ribeira, a rua Nova dos Mercadores... muito, muito bonito. 
Paço da Ribeira e Ribeira das Naus, Braun 1598
Rua Nova dos Mercadores, Museu Rietberg Zurique

Em relação ao fascínio que tenho pela família, não me esqueço que D. João II enviou crianças de 8 anos, filhos de judeus, para S. Tomé, e que D. Manuel, que lhe sucedeu em circunstâncias misteriosas, assinou o édito de expulsão dos judeus, que foi no seu reinado que houve o terrível massacre de Lisboa e que o filho, D. João III era um beato que autorizou a Inquisição.
Não lavo a imagem, nem os factos. Deixo a curiosidade aproximar-me livremente.

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