quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Agora



Vem aí um filme mais um filme Histórico, dos que eu gosto. Mas tenho que dizer que este post não é inocente.
Vou a meio do livro do Saramago (Caim) e independentemente da opinião que eu venha a ter sobre ele, acho que ele tem todo o direito de ter a sua opinião, de a expressar e que eu tenho todo o direito de ler o que me apetece e depois, só depois, falar sobre.
Venho de um tempo em que uns senhores diziam o que eu devia pensar, o que eu devia ler, sobre o que devia falar. Isso envergonhava-me.
Chegou, ou não chegou?
PS: Obrigada pelo link, Sónia

3 comentários:

  1. Hipácia é uma figura que a Sónia me deu a conhecer no ano passado, fruto das suas pesquisas para o projecto da rádio. Ainda bem que vem aí um filme sobre ela - merece ser conhecida.
    Quanto ao livro de Saramago, que inveja teres tanto tempo livre para a leitura! Dá-me a tua opinião quando acabares de o ler.
    Beijinhos

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  2. A Gina (uma sortuda com tu), foi fazer uma visita à escola. Levou-me um artigo de Dolores Lara, intitulado "HIPATIA, LINCHADA POR PENSAR", que fala do filme AGORA. Hipácia foi uma mulher notável, mas infelizmente era bonita e inteligente...uma combinação perigosa. Hoje ainda é em muitas partes do mundo, incluindo neste cantinho em que vivemos.

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  3. Partilho da sua opinião Ofélia. Vamos ser de novo proíbidos de pensar? Sobretudo as mulheres,voltarão ser impedidas de o fazer, retomando o papel que lhes destinaram os livros ditos sagrados, como a Bíblia (o Antigo Testamento), o Corão, etc.? Já agora também podem ser impedidas de ir à escola, como acontece de novo com os fundamentalistas islâmicos e, encerradas em casa, desprovidas de direitos, passarem a servir apenas para criadas, escravas de prazer e animais de reprodução. O livro do Saramago é engraçadíssimo e inofensivo, comparado, por exemplo, com os meus contos. Os "indignados" de certeza não o leram, como também não leram a Bíblia. O livro "Caim" tem o defeito, para mim, de não mostrar a violência, crueldade e indignidade com que as mulheres são tratadas na Bíblia.
    Deana Barroqueiro

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