2012, agora a cores

O que ficou de 2012? Muito mais do que a crise:

Juntou-se a nós mais uma neta, a Lilith

A Maria foi considerada a melhor aluna de todos os 3ºs anos da escola

A Vera aos 4 anos aprendeu a nadar e a saltar para a água com “lá vai bomba!!” e tudo

A Inês começou a tocar guitarra e é especialista em matemática e Tumbling

A Ana participou em vários recitais de piano e sabe dançar a rumba e o cha-cha-cha... e o jive e o tango

As netas e a Bia prepararam-nos uma Caça ao Tesouro e não facilitaram... era meia-noite (e Deus sabe o que é para mim estar acordada a estas horas...) e lá andávamos nós de lanterna em punho pelo pomar à procura das pistas

O Henrique entrou para o 2º ano e tem resultados com índices superiores à idade

O Francisco foi operado duas vezes e portou-se com muita calma e coragem

O João tem 4 anos e revela dotes de oratória e capacidade de argumentação que deixa os mais velhos entupidos

Descobri a “Dieta dos 31 Dias”, emagreci 3 kg em duas semanas e recuperei 2 durante o mês de Dezembro. O saldo é positivo

Reencontrei, ao fim de 50 anos, os colegas do Salvador Correia de quem guardava excelentes memórias

A Ginga descobriu uma gata bébé que estava a morrer com hipotermia e os veterinários salvaram-na. Chama-se Eva

 

Tive o prazer de ler "O Retorno" de Dulce Maria Cardoso e "O Corsário dos Sete Mares" de Deana Barroqueiro. Os melhores do ano 

 

Estive em Amsterdam e na Noruega e passeei pelos Fiordes

A glicínia encheu-se primeiro de flores e depois de folhas e deu-nos sombra durante os almoços e tardes de Verão

A Eva manteve as cobras afastadas

A horta deu-nos couves, ervilhas, batatas, tomates, pimentos, feijão, cebolas, alhos, alfaces, morangos e ervas de cheiro

O pomar deu-nos laranjas, tangerinas, ameixas, limões, limas, marmelos, maçãs, diospiros, amêndoas, tantas amêndoas. Quem quer amêndoas? Não tivemos figos, mas também ninguém teve

O colesterol manteve-se dentro das baias apesar de todas as asneiras

 

Comecei o ano a prometer que iria fazer a casa da fazenda da Cela numa escala de 1/12 e cumpri. Só falta o meu quarto

Quem disse que o ano de 2012 foi mau? Venha 2013 igual ou parecido

Halloween e Caça ao Tesouro

Primeiro as gulodices

Queques feitos por mim...

...com receita da Bimby, que lhes chama cupcakes. Foram cobertos com a pasta de açúcar (comprada) e enfeitados com gomas e outras coisas igualmente más. Enfim, um dia não são dias...  

os olhos são bombons de chocolate branco com recheio de chocolate e praliné. Já ensinei a fazer bombons aqui. Depois de terem endurecido no frigorífico foram pintados com corante alimentar. Não foi fácil porque o corante não prende bem ao chocolate.

Dentro de cada caixa com o convite, havia ratos, morcegos, centopeias e uma peça de um puzzle

viraram e...

ficaram com a primeira pista...  

muita atenção porque há pistas espalhadas pela casa

de um lado há um texto em código e do outro uma fotografia de uma chave... onde estará esta chave e que caixa abrirá?

cabecinhas a funcionar...

Abriram uma caixa e encontraram uma pista e outra caixa fechada a cadeado. Onde estará a chave? Querem ver que as caixas estão todas metidas umas dentro das outras?

 

é altura de descodificar o texto com um cartão perfurado que foi encontrado

outra caixa fechada a cadeado e outra pista para encontrar a chave

 

Tiveram que ir ao google para resolver uma questão que indicava mais uma pista

Dentro da garagem estava uma velha conhecida... há anos que esta bruxa participa nas nossas caçadas. Desta vez deu uma ajuda preciosa aos bruxinhos mais pequenos

e foram eles que conseguiram encontrar o tesouro que afinal esteve sempre ali perto, debaixo das almofadas

livros, pois claro! Haverá maior tesouro?

A Ginga que andou sempre com os caçadores, teve direito a um biscoito

Entretanto esta bruxa deixou cair um olho dentro da sopa. Este olho é feito com ovo cozido e pintado com corante alimentar

ainda houve magia

aqui a bruxinha fez mexer a palhinha só com o poder da mente



uma parte da equipa de caçadores

 

O Corsário dos Sete Mares

Já saiu o novo romance da Deana Barroqueiro. As aventuras de Fernão Mendes Pinto e não, não brinquem mais com o nome do homem... ele deixou testemunho de um tempo em que Portugal sabia o que queria e para onde devia ir. 
A Deana é rigorosa na pesquisa histórica, bem-humorada na escrita, escreve segundo a antiga ortografia (mas há outra?) e é uma pessoa encantadora. Fez uma dedicatória às suas amigas japonesas e teve a gentileza de a escrever na língua delas.
Como se vê, comecei a ler o livro hoje e quando for à "...Babel cosmopolita, faustosa e corrupta...", irei ter com a autora para que me faça um autógrafo. E agora, com licença, volto à leitura.

Treliça miniatura

Fiz uma treliça usando tirinhas de balsa com 1mm de espessura e 2mm de largura. Colei só as extremidades sobre uma quadrícula, primeiro num sentido e depois no outro. Deixei secar de um dia para o outro e retirei o papel. Dei cor com vieux-chêne e depois envernizei.

Presas na treliça estão duas receitas que se faziam frequentemente: a enxovalhada (um bolo alentejano) e o arroz doce de que já falei aqui e aqui.

A sair do forno está uma pizza.

A primeira vez que cozinhei tinha 11 ou 12 anos e fiz uma pizza cuja receita encontrei na publicidade ao fermento Royal das Selecções do Reader's Digest.

Consegui fazer duas habilidades: espalhar farinha desde a cozinha até à sala e ser nomeada a pizzaiola da família.

Aqui vive...

A casa da fazenda

Na parede está um quadro de Neves e Sousa. Pertence a uma colecção particular e é de 1981. A fazenda deixou de nos pertencer muito antes deste quadro ter sido pintado. Em casa tínhamos vários quadros que, devido a atribulações várias, se perderam. Fica aqui este de que gosto muito. 

A pata de elefante e o tapete de zebra foram trazidos pelo meu pai nas diversas viagens pelo mato para filmar caça. Como se sabe, a caça estava ligada à sobrevivência das populações. Digo isto para sossegar os espíritos políticamente correctos que se esquecem que no mato não há supermercados...

Aqui estão algumas histórias vividas e contadas pelo meu pai.

Cozinha miniatura

A cozinha da fazenda tinha um filtro de água e ao lado a desnatadeira presa num barril cortado. A água, que chegava à fazenda transportada numa vala a céu aberto, era primeiro fervida e depois filtrada. 

Aqui pode ver-se como funcionam estas desnatadeiras

Como fazer um frigorífico miniatura

Na fazenda o frigorífico funcionava com petróleo, cujo depósito ficava em baixo

Cortei a caixa em madeira de balsa

ranhuras para a prateleira de acrílico
aqui têm a enorme gentileza de cortar minúsculas peças em acrílico 

As dobradiças das portas foram feitas com palitos e tiras de cartolina 

Pintadas com tinta prateada

O depósito do petróleo foi feito com madeira de balsa forrada com folha de estanho

Os puxadores são clips de canetas de feltro. Arrancados com muito cuidado, cortados e lixados com uma lima 

Tira de 12V para ligar 12 fichas. Comprei na Doll's House Emporium

Tira com luzes LED 12V comprada no ebay

Aqui está ele iluminado.
 Entre colagens e pinturas (várias demãos com tinta em spray), isto é coisinha para demorar várias semanas...