Quarta-feira caiu aqui um temporal com chuva, frio e vento. Estivemos toda a tarde em casa e ao fim do dia, quando andávamos a fechar a casa, a Ginga encontrou um gatinho caído à chuva.
Estava completamente inerte e só percebemos que estava vivo, porque ouvíamos um débil miar. Parecia ter a coluna partida porque a cabeça e as patas pendiam e não tinha qualquer reacção.
Embrulhei o gatinho numa toalha e… rapidamente para o veterinário! Para os veterinários, porque à nossa espera, estavam dois médicos que tinham acabado as consultas e se preparavam para ir jantar. Não foram.
Estiveram mais de uma hora a reanimar o gato que estava com uma hipotermia grave. Aqueceram-no com uma lâmpada de infra-vermelhos, esfregaram-no para activar a circulação, deram-lhe soro aquecido e quando, por duas vezes, o gatinho teve uma paragem cardiorrespiratória, o médico fez-lhe massagens cardíacas até que vimos o rabo dar uma sacudidela e depois o movimento do tórax, a subir e a descer. Deve ter sido das coisas mais comoventes que já vi.
Por fim a temperatura começou a subir…34, 35, 36… temos gato!
Não tem lesões, tem cerca de 2 ou 3 semanas e ainda não sabemos se é menino ou menina.
Ofereceram-nos uma caixa sanitária, comida, um biberão e um curso intensivo. E ainda nos emprestaram a lâmpada de infra-vermelhos para aquecer o gatinho durante a noite.
Para casa trouxemos um gatinho ao colo e o Dr. Pablo e o Dr. Ricardo no coração