sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O Palácio da Ajuda e as Donas Amélias

Hoje fui com as minhas amigas visitar a Exposição que está na Galeria do Rei D. Luís I. São obras que viajaram da Madeira até Lisboa e que contam os 500 anos da História do Arquipélago. As formas dos pães de açúcar, a Arte Sacra, as pratas e os móveis feitos com a madeira das caixas que transportavam o açúcar, os retratos e as paisagens... uma verdadeira surpresa.
Depois, para continuarmos em ambiente ilhéu, fomos almoçar ao Espaço Açoriano... delicioso...nham, nham... para repetir!
E o que é que as Donas Amélias têm a ver com o Palácio da Ajuda? Tudo. Primeiro, quando se juntam várias mulheres, daí a nada estão a falar de doces e receitas. Isto já é um motivo mais que suficiente, mas ainda há outros. O almoço foi num restaurante de micaelenses, a Zé é micaelense e... a rivalidade doceira entre S. Miguel e a Terceira fez o resto.
Quando a rainha visitou a Ilha Terceira, as senhoras da ilha resolveram criar um doce em sua homenagem e assim aparecem as Donas Amélias. Estas que os meus netos, do mais pequeno à mais velha, devoraram num abrir e fechar de olhos, foram feitas no Natal.
A pedido, aqui vai a receita.
1 k de Açúcar
18 gemas
9 claras em castelo
400 gr de manteiga derretida e fria
400 gr de farinha de milho peneirada
2 colheres de sopa de canela em pó
12 colheres de sopa de mel de cana
200 gr de passas
100 gr de cidrão picado fino
raspa de limão
sal
noz moscada

Bate-se o açúcar com as gemas até esbranquiçar, junta-se a canela, as passas, o cidrão, a noz moscada, a raspa de limão e o sal.
Quando tudo estiver bem ligado, junta-se a manteiga derretida e de seguida as claras em castelo e por fim a farinha e o mel de cana. Sempre que se junta um ingrediente, bate-se para ligar.
Deita-se a massa em forminhas e vão ao forno à temperatura de 180º durante cerca de 15 min. Quando estão cozidos, tiram-se das formas e polvilha-se com açúcar em pó.
Usei formas de queques em silicone, a melhor invenção depois da roda.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Não há limites...

...para a utilização das folhas das bananeiras. Elas são utilizadas em arranjos florais, brinquedos para as crianças, na culinária, para fazer paredes, telhados e agora para forrar um carro. A fotografia foi feita em Inhambane e foi a minha amiga Buchinha que a enviou. Sempre a picar-me para ver se eu lá vou... e um destes dias vou mesmo. Deixem passar os ciclones do mês de Fevereiro...

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Adivinhas de História (28)


Passarola lhe chamaram
Bicho estranho de se ver
Com ela eu queria voar
Boa figura fazer

Mandei reunir a Corte
Meu trabalho apresentei
A Passarola subiu
E eu na História fiquei.

Quem fui eu?
Como sempre, a autora da adivinha é a Zé Guedes

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Gosto disto

E isto é um livro (ISBN 0-486-22479-1) acabadinho de chegar, via Amazon.
Há anos que ando a cuscar as vidas das gentes do século XVIII e, para me ajudar nessa tarefa, ninguém melhor que William Hogarth que conta histórias (para adultos) do quotidiano e zurze em todas as classes sociais. O século XVIII não foi só o glamour de pedras a cintilar, laços, fitas e cabeleiras empoadas. Foi também depravação, decadência, crueldade... Hogarth põe lá tudo.
Se era assim em Inglaterra, aqui não seria muito diferente.
Agora vou ali cuscar mais um bocadinho e já volto

sábado, 16 de janeiro de 2010

Solidariedade com o Haiti

Esta é uma comovente imagem do encontro de uma criança com a mãe. Mas ficar comovido ou impressionado, não chega.
Como poderemos nós também ajudar? Fazendo um donativo à AMI, que está no terreno a aliviar o sofrimento dos sobreviventes.
E se nas escolas as crianças tivessem a iniciativa de (organizados com os professores) oferecer algum do seu dinheiro para depositar na conta da AMI?

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

António Gedeão

"As janelas do meu quarto"

Tenho quarenta janelas,
nas paredes do meu quarto,
sem vidros nem bambinelas,
posso ver através delas,
o mundo em que me reparto.

Por uma entra a luz do sol,
por outra a luz do luar,
por outra a luz das estrelas,
que andam no céu a rolar.

Por esta entra a Via Láctea,
como um vapor de algodão,
por aquela a luz dos homens,
pela outra a escuridão.

Pela maior entra o espanto,
pela menor a certeza,
pela da frente a beleza,
que inunda de canto a canto.

Pela quadrada entra a esperança,
de quatro lados iguais,
quatro arestas, quatro vértices,
quatro pontos cardeais.

Pela redonda entra o sonho,
que as vigias são redondas,
e o sonho afaga e embala,
à semelhança das ondas.

Por além entra a tristeza,
por aquela entra a saudade,
e o desejo, e a humildade,
e o silêncio, e a surpresa.

E o amor dos homens, e o tédio,
e o medo, e a melancolia,
e essa fome sem remédio,
a que se chama poesia.

E a inocência, e a bondade,
e a dor própria, e a dor alheia,
e a paixão que se incendeia,
e a viuvez, e a piedade.

E o grande pássaro branco,
e o grande pássaro negro,
que se olham obliquamente,
arrepiados de medo.

Todos os risos e choros,
todas as fomes e sedes,
tudo alonga a sua sombra,
nas minhas quatro paredes.

Oh janelas do meu quarto,
que vos pudesse rasgar,
com tanta janela aberta,
falta-me a luz e o ar.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Mas afinal quando é que o antibiótico faz o seu trabalho?

Não é que eu não goste de estar em casa, mas já estou um bocado farta de só ver o mundo pela janela...

Henri de Toulouse-Lautrec, A lavadeira, óleo sobre tela, 93x75cm, 1884-1888

sábado, 9 de janeiro de 2010

Buona Sera



Todos nos lembramos do Dean Martin muito ensonado a cantar o Buona Sera. Esta versão do Michael Buclé também não está nada mal

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A minha dona está com gripe

e mais rabugenta do que o costume... Hoje não a levo à rua!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Ora vamos lá baixar a crista

A Sónia enviou-me uma deliciosa mensagem. Aqui está ela. Não sei quem é o autor ou autora mas dou-lhe os Parabéns!





sábado, 2 de janeiro de 2010

Coitadas das tataravós...

Um fato de banho em1815
49 anos depois, em 1864, já iam para o mar com os tornozelos à mostra... umas atrevidas!